O presente projeto tem o interesse em discutir a vivência do câncer em situações de vulnerabilidade social no contexto da pandemia de COVID-19, analisando os itinerários de cuidado de indivíduos com câncer de cabeça e pescoço. Entende-se que a compreensão multideterminada, contextual e subjetiva do sujeito e do seu processo de adoecimento permite uma atuação ampla e diversificada, favorecendo a humanização do cuidado e a diminuição das iniquidades na saúde. Parte-se da noção de saúde que se constitui através da integração entre aspectos individuais e sociais. Como base para esta discussão, partimos da perspectiva da Psicologia Sócio-histórica, que compreende a complexidade da condição humana e da saúde abrangendo, além da visão unilateral biomédica, seus aspectos psicossociais, históricos e culturais. Trata-se de uma pesquisa de campo exploratória com caráter qualitativo onde foram coletadas as narrativas dos colaboradores e informações de caráter sociodemográficos e culturais. A análise dos dados está embasada na Hermenêutica de Profundidade. O estudo é desenvolvido na Casa de Saúde Santa Marcelina de Itaquera, em ambiente hospitalar e ambulatorial. Como colaboradores foram recrutados voluntários brasileiros, residentes da Zona Leste de São Paulo, onde está localizado de este serviço de saúde, em localidades de média a muito alta vulnerabilidade social, de acordo com IPVS-SP. O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001.